terça-feira, 17 de maio de 2011

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Lara Ferreira da Silva
Lá no sítio do pica-pau-amarelo tudo era sempre calmo, lá de vez em quando a Cuca aprontava alguma. Mas, certa noite enquanto todos dormiam, ouviu-se um barulho muito estranho e também umas luzes fortes se acenderam. Tia Anastácia e Dona Benta levantaram para ver o que era já o tio Barnabé, como tem um sono pesado, nem se abalou.
Depois de meia hora eu e meus amigos Narizinho e Pedrinho, fomos até a cozinha ver se algo tinha acontecido com elas; quando lá chegamos as duas estavam comendo bolinhos de chuva com... EXTRATERRESTRES!





É isso mesmo, senhor leitor, extraterrestres! E eles conversavam com as duas normalmente. Chamei tia Anastácia um minuto e ela me explicou que eles eram criaturas do bem, que não faziam mal a ninguém, só queriam abrigo durante uma noite e que ainda adoraram seus bolinhos de chuva.
Esperamos que terminassem de comer, escovamos nossos dentes e fomos dormir; os extraterrestres dormiram como “pedras”.
Porém, no dia seguinte quando acordamos, eles não estavam mais lá, nem tia Anastácia. Procuramos por todo o sítio, mas não os encontramos. Chamei tio Barnabé e junto com Narizinho e Pedrinho fomos de carroça até a cidade procurá-los. Quando chegamos lá, recebemos de um menino um bilhete de tia Anastácia que dizia que os ETs estavam levando-a para seu planeta “Trudis”; e que a única maneira de viajar era através de um portal magnético.
Quando Narizinho terminou de pronunciar as últimas palavras do bilhete o portal se abriu, nós atravessamos e de repente estávamos em Marte, onde fomos perseguidos por morcegos gigantes. Um deles falou para Narizinho que para abrir o portal era só repetir duas vezes as palavras: portal magnético. Quando ela pronunciou as palavras o portal se abriu, nós entramos e de repente estávamos em Plutão, aquele planeta pequeno que parece que não é mais considerado planeta... Lá começamos a afundar em uma areia movediça. Narizinho lembrou de dizer as palavras mágicas novamente e finalmente chegamos ao planeta Trudis. Lá era tudo tão moderno, havia salas com equipamentos de alta tecnologia, casas com quarto, banheiro, sala de estar, escritório, etc. Porém em suas cozinhas não existia comida e eles também não sabiam cozinhar.
Então nós entendemos que eles só haviam sequestrado tia Anastácia porque eles queriam que ela cozinhasse para eles. Foi aí que fizemos um acordo, se ela desse algumas aulas de culinária e fornecesse a receita dos bolinhos entre outras, eles a deixariam voltar para casa. Assim, eles aceitaram o acordo. Os bolinhos de tia Anastácia fizeram muito sucesso naquele planeta que nunca mais foi o mesmo.    

Viagem no tempo
Talitha Bittencourt
Emília estava sentada no sofá no maior tédio tentando achar algo para fazer. Tia Anastácia fez um lanche, estavam todas as crianças sentadas na mesa e Dona Benta viu que Emília estava cabisbaixa e perguntou:
- Vocês já imaginaram como seria divertido viajar para o futuro ou para o passado?
Narizinho falou:
- Deve ser muito legal conhecer outras épocas!
As crianças ficaram pensativas, foi quando Pedrinho teve uma ideia:
- Que tal construirmos uma máquina do tempo? Vamos à biblioteca do Visconde, ele poderá nos ajudar.
Emília se animou muito rápido. Foram até a biblioteca, mas não encontraram ninguém, procuraram por todo o sítio e não o acharam. Ficaram preocupados e foram investigar o lugar onde Visconde sempre ficava. Emília achou várias pistas:
- Olha, aqui tem um livro aberto sobre máquina do tempo, um pó estranho que eu nunca vi, pó de pirlimpimpim e olhem, algumas pegadas.
- Será que ele foi para o futuro ou passado?  - disse Narizinho.
- Ou raptado?
- Então mãos a obra, vamos construir uma máquina do tempo e salvar o Visconde de Sabugosa!
Passou algum tempo e finalmente conseguiram e adivinhem... Foram para o passado!
Encontraram Visconde servindo de janta para os homens das cavernas.
- Nós temos que bolar um plano para tirar nosso amigo de lá. – disse Narizinho.
-Já sei! Eu distraio os canibais enquanto vocês soltam o Visconde e depois vamos direto para a máquina.
Narizinho e Emília concordaram e colocaram o plano em ação conseguindo desamarrar Visconde.
- Venha logo e vamos para casa! – falou Emília que estava desesperada apertando todos os botões que via pela frente.
- Não Emília, não faça isso, nós estamos indo para o ano de 4022. – disse o Visconde.
E assim foi, quando saíram da máquina, depararam-se com prédios de várias formas e tamanhos onde não havia nenhuma árvore ou planta, além de não existirem pessoas, somente robôs.
- E o pior, está acabando a magia e quando ela termina a máquina fica no tempo em que está. - explicou Visconde.
- Isso quer dizer que vamos ficar aqui para sempre? – perguntou Pedrinho.
- Se não houver outro jeito...
A turma ficou pensativa durante alguns minutos, enquanto Emília jogava um saquinho com pó de um lado para outro.
- Emília, que bom, você trouxe o pó do tempo-reverso que nos fará voltar para casa! 
- Eu não sabia o que esse pó faz, eu peguei quando estávamos investigando o seu sumiço.
- É isso aí! Vamos voltar para o nosso tempo! – exclamou Narizinho.
Jogaram o pó mágico e em poucos minutos chegaram ao sítio.
- Foi uma grande aventura! – disse Pedrinho.
E lá veio Dona Benta perguntando à Emília:
- Qual foi a grande aventura de hoje?
- Nós viajamos do passado até o futuro.
- E você gostou?
- Gostei, mas prefiro o tempo em que estou, porém quem não gostou muito foi o Visconde que quase foi devorado!!!


A invenção
Malu Cruz Dresch
Era uma tarde de domingo como todas as outras no sítio do pica-pau-amarelo. Exatamente Por isso que Pedrinho, Emília e Narizinho estavam entediados. Como eram crianças muito curiosas e aventureiras elas queriam fazer algo novo, que nunca tinham feito na vida. Mas, como sempre, a única coisa que poderiam fazer no domingo era ficar sentados em frente à janela, esperando chegar segunda-feira e depois a terça-feira e assim passando o tempo sem fazer absolutamente nada.
Em plena 15:30h, Narizinho estava lendo um livro, Pedrinho jogando seu jogo de cartas preferido e Emília só observava. De repente ouviram um barulho misterioso vindo do quarto onde o Visconde de Sabugosa costumava ficar, isso chamou a atenção das crianças que imediatamente correram para lá, abrindo a porta do quarto de onde vinha o barulho. Quando entraram viram algo inexplicável, enorme, confuso e muito interessante, que conseguiu despertar a curiosidade deles, mesmo não sabendo o que era.
Logo que viram o Visconde, caminharam até ele e todos ao mesmo tempo perguntaram:
- Visconde, mas o que é isso?
Ele sem demora respondeu:
- Isto, é minha mais perfeita invenção, algo que eu sempre pensei em criar e agora está quase pronta; é realmente maravilhoso, pois vou ter minha própria máquina do tempo, bem melhor que qualquer pó de pirlimpimpim!
As crianças ficaram encantadas e muito animadas, então Emília, esperançosa, perguntou para ele:
- Visconde, podemos viajar com você? Seria muito divertido!
Ele pensou, mas liberou.
Demorou um tempo até ele terminar a máquina, mas quando acabou, logo entraram. Emília, Narizinho e Pedrinho ficaram confusos com tantos botões que tinha lá dentro. Quando Visconde apertou um botão vermelho, faíscas coloridas começaram a aparecer e a máquina foi andando, cada vez mais rápido e dava para sentir um calor intenso, todos fecharam os olhos por alguns segundos e quando abriram estavam no meio de uma mata com muito verde, e vários tipos de plantas. Visconde explicou que lá era a Terra dos dinossauros, na era da pré-história. Então começaram a andar naquela mata espetacular.
Caminharam e divertiram-se muito, mas infelizmente a paz acabou quando os amigos começaram a ouvir um barulho forte e o chão começou a tremer. O tremor aumentava cada vez mais, quando, de repente, eles ficaram frente a frente com um dinossauro enorme, então Narizinho gritou:
- Corram, é um Tiranossauro Rex, o mais temido dinossauro.
E assim eles saíram correndo o mais rápido que podiam, até conseguir chegar na máquina onde Visconde apertou um outro botão azul. Faíscas coloridas começaram a aparecer novamente e todos os sintomas da primeira vez voltaram, mas agora quando abriram os olhos, estavam em um lugar muito diferente, pois os edifícios que estavam em volta eram enormes, não se via uma pessoa como eles, mas sim, máquinas que conseguiam flutuar no ar. Então Visconde falou com um tom de curiosidade em sua voz:
- Crianças, vocês sabem onde estamos?
Pedrinho respondeu:
- Nós estamos no futuro, onde a tecnologia evoluiu e os seres humanos foram substituídos por máquinas, mais conhecidas como robôs.
Os quatro começaram a andar pelas ruas em meio a tantas máquinas. Ficaram impressionados com a evolução do planeta. Mas de repente, alguns robôs começaram a persegui-los gritando:
- Intrusos, invasores, peguem-nos!
E assim os amigos tiveram que correr mais uma vez para dentro da máquina do tempo e Visconde de Sabugosa, desta vez, empurrou uma alavanca e ao invés de faíscas coloridas, surgiu uma fumaça branca e quando ela desapareceu, para o alívio de todos, estavam novamente em casa.
Já era tarde da noite quando voltaram, então todos deitaram em suas camas, mas antes de dormir as crianças comentaram como aquele dia foi ótimo, como o Visconde era tão bom cientista para construir uma máquina tão fantástica e como aquele dia havia sido perigoso, mas, mesmo assim, muito divertido. E assim dormiram com a esperança que o outro dia fosse tão legal quanto aquele havia sido.

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